Então clamam ao Senhor na sua angústia; e ele os livra das suas dificuldades. Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas. Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado. (Salmos 107:28-30)
Em tempos de
incertezas Deus se revela no seu cuidado provendo segundo seu amor. Ele se manifesta
a todos quantos o discerne pelo espírito em Jesus. Na incerteza somos
confrontados quanto a nossa fé, crença. Nossa base de sustentação é colocada a
prova. A presença dele não significa que não teremos dias atribulados. Afinal durante
o curso da vida será preciso aprender a lidar com os encontros e desencontros,
adquirir a sabedoria para perceber os ensinamentos no fracasso decorrente dos
erros. Os erros nos permite aprender um novo jeito de fazer as coisas. A angustia
nos priva da paz, para que nela possa ser discernida a bondade de Deus. Ele se
mostra claro é percebível quando nas incertezas do caminho, decidimos ouvi-lo. Sua
voz é doce, mansa, quando preciso é um rugido de leão que silencia os barulhos
internos e externos oriundo das preocupações do amanhã. As tormentas diárias são
reflexos da correria de um mundo cada vez mais capitalista, material, supérfluo
e vazio de espírito. O apego a materialidade deixa a alma amarga e mesquinha, na materialidade se revela o verdadeiro eu. O coração está onde está nossos tesouros, a vaidade se revela no eu soberbo e prepotente.
Os encontros
e as relações têm por objetivo interesses individuais, quando que no coletivo é
cada com seus problemas. Sim! Um mundo frio, calculista e desumano, mergulhado
na injustiça e desigualdade. Em qualquer esfera da existência se percebe a
busca desenfreada pela superação pessoal, o ajuntamento se tornou sinônimo de
sucesso e alegria. Este pensamento tornou nossa geração, fria, mecânica e sem
amor. É neste ponto
que é preciso entender, a ausência do amor adoece a alma e a impede de evoluir,
amadurecer. A graça maravilhosa salvífica
de Jesus nos reconcilia com Deus, tornando todas as coisas possíveis. Em Deus tudo é. Nele tudo se faz plenamente
como tem que ser. A visão do cuidado é a materialização do amor em ações visíveis
por aqueles que estão plenamente aliados com seus planos e amor. O Deus de amor acolhe, mas o homem longe dele é desumano e sem sentimentos.
Em Deus não
há acepção de pessoas, todos são amados como são, não há restrição, não espaço
para sentimentos que não seja para acolher, dar, partilhar, doar, abençoar e
amar. Em tempos de incertezas o exercito de Deus é composto por todos aqueles
que em amando, ama na vida, no caminho, trabalhando, servido, sendo filho, esposo,
pai, mãe, irmão, enfim servo que serve por gratidão em resposta ao amor gerado
pela graça derramada no intimo de todo quebrantado.
Somente quando
aquietamos, vemos, percebemos e entendemos o porquê de tudo. O porto desejado é
estar orientado pela voz do amor imensurável e acolhedor do Pai. A vontade de
Deus é que nos convertamos do nosso caminho e entreguemos a ele nossa existência.
Sua vontade é que por nosso intermédio sua vontade seja feita assim na terra
como céu. Sua morte de cruz foi à maneira mais pedagógica, clara e simplificada
para que todos aqueles que nele crer pudesse compreender seu amor. Se permita
hoje, agora ser alcançado por este amor, Deus em Cristo nos fez filhos da luz,
amados e acolhido. Ele nos ama e provê cada um segundo sua necessidades. Este
cuidado é estendido a todos em todo tempo, o tempo todo. Seu amor pacifica a alma, restaura a auto estima e acima de tudo nos deixa leve, essa leveza tira os fardos desnecessários.
“Então se alegram, porque se aquietaram; assim os
leva ao seu porto desejado”. (Salmos)
Cezar Camargo
Verão – Fevereiro/2016
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