Pular para o conteúdo principal

RIPCHIP - O RATINHO GUERREIRO MEDIEVAL DE C.S LEWIS


"Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena"
(Provérbios 24:10) 

Em o “Peregrino da Alvorada” filme extraído da obra literária de C.S Lewis, encontramos o pequeno ratinho Ripchip que nos ensina que muitas vezes os fracos e humildes são chamados para assumir grande responsabilidade, desafios que já estão no campo das impossibilidades. Em Ripchip está certo que o “humilde pode alcança a grandeza”. Um ratinho que percebe que tem uma grande vocação mesmo não entendo explicitamente. Ele desenvolve tarefas no qual tem grande paixão realizá-la. Sua motivação está em cumprir sua missão e não em glória ou fama. Em seu coração arde e doce expectativa de chegar ao “Fim do Mundo” e encontrar o “País de Aslan”. Ele é um cavaleiro medieval um “rato guerreiro” que reúne coração e pureza. Este por sua vez não age com bravura e nobreza de vez em quando, ele é corajoso, e isso molda todos seus julgamentos e ações.  

Ele se enquadra neste quesito virtude. A virtude é à disposição de um indivíduo de praticar o bem; e não é apenas uma característica, trata-se de uma verdadeira inclinação, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o caminho do bem, isso é sabido por todos. Em Ripchip Lewis nos mostra que é a virtude que nos ajuda a compreender como nos tornamos virtuoso, que é a virtude como padrão e/ou inspiração, que possui excesso de ânimo; esforçado. 

Aslan está no cerne de toda a história, ele é a inspiração. Nas “Crônicas de Nánia” Lewis nos permite entender como pessoas humildes podem se tornar nobres e virtuosas no grande espetáculo da vida. Não há grandeza se não houver compreensão do que realmente significa ser humilde. Em suma a humildade vem do latim humilitas, e é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações, fraquezas e agir de acordo com essa consciência.

A Humildade é considerada pela maioria das pessoas como a virtude que dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos em relação às outras pessoas. Do ponto de vista da filosofia, Immanuel Kant afirma que a “humildade é a virtude central da vida”, uma vez que dá uma perspectiva apropriada da moral. Para McGrath “o bem triunfara se as pessoas boas enfrentarem os desafios da vida”. A humildade é essencial para desenvolvimento humano. 


A angústia não vem para nos matar, mas nos desenvolver, moldar nossas estruturas, redirecionar nossos pensamentos, atitudes e principalmente contribuir para encontrar nosso propósito. Se esmorecer então sua força não será suficiente, a força não está no porte físico, mas sim na persistência, determinação e vontade de chegar. O gracioso Ripchip um simples ratinho se tornou um dos protagonistas da obra, porque simplesmente estava ciente de quem era, e sabia onde queria chegar.  A nossa força está diretamente ligada a convicção, a fé, a esperança e na certeza de dias melhores. 

Em dias de incertezas, o melhor caminho é não perder a fé e a esperança. As coisas ruins não são para sempre, no tempo oportuno tudo se ajeita, as coisas boas são conseqüências quando se decide viver e trilhar o caminho do bem. Assim como Ripchip a todo o momento somos expostos a grandes responsabilidades e cabe a cada um assumir ou não. Nas incertezas estão a porta também as oportunidades, a incerteza nos da à oportunidade de experimentar a mudança, a mudança nos leva a um novo nível desenvolvimento que com certeza melhora nossas percepções. Além disso, nos acumula experiência e que por vez aplicada diariamente é a nossa base de sabedoria. A vida é maravilhosa, um espetáculo, mas para isso é preciso conscientizar que a vida também traz consigo os contra tempos que nos permite evoluir.  

Não se esqueça: “A GRANDEZA DA VIRTUDE ESTA NA HUMILDADE” 

Quando puder não deixe de ver e se emocionar ao filme:
“As Crônicas de Nánia - A Viagem Do Peregrino da Alvorada”.   

Nele em quem sou cativo de sua graça, misericórdia e amor.  

Cezar Camargo
Outono - Junho/2015

Comentários

As mais acessadas

Assincronia de Individuação: A causa psicológica de muitos términos.

Eu mudei, você não: Entendendo a Assincronia de Individuação nos Relacionamentos Quantos relacionamentos terminam não com um grande estrondo, mas com a sensação desconcertante de que uma das pessoas simplesmente... "despertou" e decidiu ir embora? O que leva um parceiro a ir embora, se antes o casal estava apaixonado, cheio de vida e com planos para o futuro? Um parceiro começa a sair sozinho, a ter interesses que não incluem mais o outro, a tomar decisões unilaterais. Para quem fica, a sensação é de traição, abandono e confusão. "Quem é você?", perguntamos. "Nós não tínhamos um acordo?" O que poderia ter acontecido a ponto de o acordo ser quebrado? A desconexão é sutil, mas real e devastadora. Tudo começa quando o padrão de comportamento muda; é a assincronia quebrando a harmonia da relação. O que frequentemente vemos como "egoísmo" ou "traição" é, na verdade, um dos processos psicológicos mais profundos e dolorosos da vi...

A Dança dos Cérebros: A Importância da Sincronia Afetiva

Quantos relacionamentos terminam não com um grande estrondo, mas com um silêncio ensurdecedor? É aquela sensação desconcertante de que, de repente, uma das pessoas simplesmente "despertou" de um sono profundo e decidiu ir embora. O que leva um parceiro a partir, a fazer as malas físicas e emocionais, se até pouco tempo atrás o casal parecia apaixonado, cheio de vida e desenhando planos para um futuro compartilhado?  Essa pergunta assombra consultórios e mesas de jantar. Frequentemente, procuramos culpados. Apontamos o dedo para a traição, para o desleixo ou para a "falta de amor". No entanto, a resposta para a sobrevivência — e a prosperidade real — do amor reside em uma competência muito mais sutil e profunda: a capacidade de transitar, com fluidez, entre dois mundos aparentemente opostos: a autonomia radical do "Eu" e a conexão visceral do "Nós". Quando esse equilíbrio se perde, escorregamos para o terreno perigoso da assincronia, onde o amor s...

Praticidade Mental versus Ruminação Mental

Uma Análise à Luz da Neurociência e da Psicologia Complexa A mente humana é um sistema dinâmico, integrado e em constante adaptação ao ambiente interno e externo. Entre seus modos de operação, dois padrões cognitivo-emocionais se destacam por sua frequência e impacto na qualidade de vida: a praticidade mental e a ruminação mental. Enquanto a primeira representa uma atitude funcional, orientada para a resolução de problemas e a flexibilidade psíquica, a segunda envolve um ciclo repetitivo, autoperpetuado de pensamentos negativos, frequentemente associado a transtornos como depressão e ansiedade.  Compreender esses dois modos de funcionamento — não como polos opostos fixos, mas como configurações dinâmicas de um sistema complexo — exige uma abordagem interdisciplinar que una evidências neurocientíficas com modelos teóricos sofisticados, como os propostos pela psicologia analítica (junguiana) e pela psicologia complexa. 1. A Ruminação Mental: Um Ciclo Neurocognitivo Autoperpetuado A r...