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PASTOR SEGUNDO O EVANGELHO

Palavras de Jesus o Cristo; “  Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O que é mercenário, e não pastor, a quem não pertence às ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as que são minhas, me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho também outras ovelhas que não são deste aprisco, estas também é necessário que eu as traga; elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor. Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para reassumi-la. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou. Tenho direito de dá-la, e tenho direito de reassumi-la; este mandamento recebi de meu Pai”.  (João 10: 11-18)   

Ele nosso Pastor por excelência a essência do Pai na terra. Nesta leitura na qual Jesus aparece como o "bom pastor" que dá a sua vida por suas ovelhas. A mesma metáfora pode ser vista no salmo 23. Nos Evangelhos, a imagem do "Bom Pastor" aparece sempre em referência a Jesus não se permitindo perder nenhuma de suas ovelhas. A imagem do Bom Pastor é a representação simbólica mais comum encontrada na arte cristã primitiva, antes que ela pudesse ser mais explícita.

Parábola ou metáfora?  Diversos autores (como Barbara Reid, Arland Hultgren e Donald Griggs) comentam que "notavelmente, as parábolas estão ausentes do Evangelho de João". De acordo com a Enciclopédia Católica, "Não há nenhuma parábola no Evangelho de São João" e, conforme a Enciclopédia Britânica, "Aqui o ensinamento de Jesus não contém parábolas e somente três alegorias, enquanto que os sinóticos o apresentam como parabólico de ponta a ponta". Estas fontes sugerem que a passagem é mais bem descrita como sendo uma metáfora do que uma parábola. 

Segundo Rev. Caio Fábio líder do movimento Caminho da Graça assim define; Que os pastores sejam como se não fossem; e que os que ministram como se não ministrassem; que os que pregam, como se não pregassem; os que ensinam, como se nada soubessem; que os que aprendem, como se eles mesmos fossem os únicos a aprender; que os que servem, como se não servissem; que os que dirigem, como se nada dirigissem; que os que anunciam a “Boa Nova” sejam os mais carentes dela; que os que ensinam a Graça, não se tratem a si mesmos na Lei; que os que sobem ao púlpito considerem aquele o lugar mais baixo da reunião; que aqueles que estudam, percebam-se como aqueles que saberão para sempre que nada sabem; e que os que amam a Jesus sejam como aqueles que não amam nada mais... Mesmo que seja um “tudo” feito em nome Dele. Interessante e profundamente humano seguir este caminho. 

O pastor segundo o evangelho está em todo lugar, prioriza pessoas, ajuda sem querer nada em troca, se doa, está sempre disponível, não precisa de formalidade, não faz acepção de pessoas, não zomba do nível ignorância dos simples no falar, tem prazer em estar no meio do povo, é um facilitador de processo, é um ensinador incansável, é ensinável, e jamais, nunca tira proveito de sua posição para se beneficiar, pelo contrario abre mão de qualquer beneficio em prol do próximo.

Como o pastor que busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão”. (Ezequiel 34:12) Assim raiou luz na escuridão, nele somos feitos ungidos, dia após dia ovelhas dele são ajudadas por todos aqueles que entenderão seu chamado. Que indo pelo caminho ensina, orienta, ajuda a desenvolver os dons e direciona ao bom trabalho da seara. Em dia de trevas fomos resgatados, para agora plenamente restaurados sejamos pescadores de homens, entendedores de alma, segundo sua bendita vontade explicita.  

O pastor segundo Cristo é manso, humilde e inquestionavelmente todos gostam de estar junto dele, simplesmente porque ele se parece com Cristo.

O pastor segundo o evangelho se perdeu ao longo dos anos devida à deturpação do simples que ha em Jesus. A partir do ano 500 D.C, a figura do pastor passou a ter a aparência da representação convencional de Cristo, já estabelecida nesta época, ganhando uma auréola e ricas vestimentas, embora penso que a ruina começou 200 anos antes, quando as comunidades simples passaram a congregar-se em templos, entramos em queda, houve ventos que isso poderia mudar com homens que deram suas vidas, mas foi passageiro, a religiosidade radical e legalista no final sobressaiu. A instituição é definida como um padrão de controle, uma programação de conduta individual definida, ser for instituição (Igreja) ai fica mais complexo ainda. Seu padrão é baseado na tradição segundo seus fundadores, é criado dogmas, doutrinas a partir da interpretação dos mesmos, costumes são difundidos no intuito de preservar o padrão. Tudo isso é realizado sob a esfera que Deus deu tal direção. Na minha humilde opinião a instituição denominacional é uma audácia humana em ensinar o corpo de Cristo ser corpo de Cristo.

É neste contexto todo que surge os pseudo-pastores, que na verdade são administradores lobos transvestidos de ovelhas. Disseminado os caminhos de Balaão e Jezabel; no intimo o desejo de todas é multiplicar a visão, isso leva o enriquecimento a custas da ignorância. Servem a mamom e ainda não se deram conta disso, que Deus os alcance com sua misericórdia.              

“E todos eles terão um só pastor; e andarão nos meus juízos e guardarão os meus estatutos, e os observarão”. (Ezequiel 37:24) Andar segundo o evangelho é trilhar, é conduzir nos juízos, estatutos observando juntos os preceitos, que a partir dele produz vida e vida com abundancia.

Não se esqueça; Somos geradores de consciência e não possuidores de alma; Somos imagem e semelhança, imitadores de Cristo a serviço do Pai;
Somos caminhantes do caminho a serviço do Reino; Somos mestres em servir o próximo; Somos conhecidos pela maioria como pastor; Somos apenas servo diante da graça o bom Pastor. Como diz meu amigo Israel de Oliveira do Essência Curitiba- Paraná; "Pastores são geradores da consciência do evangelho, e não podem possuir as almas que o evangelho já possui". Fantástico é simplesmente isso!   

Minha oração; “Salva o teu povo, e abençoa a tua herança; e apascenta-os e exalta-os para sempre”. (Salmos 28:9) Que sejam abertos nossos olhos a depender somente de ti, a descansar somente em ti. Seja liberto todo aquele que está aprisionado a instituição denominacional, em dogmas, costumes e uma teologia totalmente deturpada. Não percebem que o Reino de Deus esta além das definições humanas. “Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens”, declara Estevão em sua defesa nos registros de Lucas no seu segundo tratado. Essa consciência é adquirida com crescimento nas escrituras.

Muitos foram seduzidos pelo engano das vãs doutrinas, por falsos pastores, cheios do espírito do engano; “Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, Perversas contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais”. (1 Timóteo 6:3-5) O Apóstolo Paulo tinha plena consciência do perfil, admoesta Timóteo com amor e precisão. A igreja no geral esta um caos, esta falida, nada tem haver com o Cristo, com sua verdade. Com raríssima exceção, algumas ainda lutam contra a onda crescente dos desvios doutrinários. Sejamos igreja como membros do corpo, sejamos pastores segundo Cristo, adoremos em todo lugar, reunindo em todo tempo como brasas vivas do altar, altar da vida no cotidiano.

Conselho a um jovem pastor;
Experimente ser você mesmo. Sim, experimente falar do que existe em você de modo verdadeiro sem entregar pérolas aos porcos, é claro.

Experimente expressar sua compreensão do Evangelho com liberdade, sem ficar se perguntando o que os seus superiores hierárquicos e o povo possam pensar; e experimente olhar para si mesmo tratando essa coisa de ser "pastor" como pura bobagem; e dando importância não ao seu título e nem à sua formação "teológica", mas sim, priorizando o seu coração como lugar no qual a Palavra quer se estabelecer como bem; e não como uma informação intelectual, ou como uma capacitação profissional e performática.

Experimente ser água, e você será sempre próprio. Será pesado sendo leve; será visível sendo transparente; será poderoso e sendo inofensivo; será tudo sendo in-a-palpável; será essencial sendo simples; será imprescindível sendo despretensioso.

Experimente deixar de estudar para pregar, e experimente se esvaziar para pregar. Sim, experimente desconsiderar as importâncias da religião e simplesmente acolher com amor a mensagem da Graça. Experimente desconfiar de todas as coisas que todos dizem que são importantes, posto que as verdadeiras importâncias quase nunca sejam percebidas pela maioria. (Caio Fábio).   

“Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre”. Amém. (Hebreus 13:20-21)

O pastor segundo evangelho esta onde tem que estar, e eu preciso estar onde preciso estar. Sou pastor tenho gratidão pela graça ter me concedido este bem, mas antes de ser pastor sou o Cezar, simplesmente eu, apenas um exclusivo dependente da graça, servo da orelha furada. 

Nele que sou cada dia menos e mais nele,

Cezar Camargo 

Comentários

Gostei sim , desse texto. As observações feitas aqui por Cezar Camargo, se atem às características do pastor em seu campo de ação, em sua conduta ante suas ovelhas. Descreve bem o perfil do bom pastor em seu propósito de ser o gerador da consciência do evangelho sem usurpar a consciência humana do convertido.A essa reflexão se acrescentaria que essa invasão da alma se dá porque o não satisfeito em ser um pastor servidor de ovelhas, tentam ser sacerdotes das almas.Querem ser mais, querem ser eles mesmos o caminho para a posse dos dons de Deus.
Muito obrigado pela suas observações amigo, juntos estamos crescendo em graça no caminho do caminho em Cristo. Deus o abençoe neste 2014.

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