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Mostrando postagens com o rótulo Relacionamentos

A Dança dos Cérebros: A Importância da Sincronia Afetiva

Quantos relacionamentos terminam não com um grande estrondo, mas com um silêncio ensurdecedor? É aquela sensação desconcertante de que, de repente, uma das pessoas simplesmente "despertou" de um sono profundo e decidiu ir embora. O que leva um parceiro a partir, a fazer as malas físicas e emocionais, se até pouco tempo atrás o casal parecia apaixonado, cheio de vida e desenhando planos para um futuro compartilhado?  Essa pergunta assombra consultórios e mesas de jantar. Frequentemente, procuramos culpados. Apontamos o dedo para a traição, para o desleixo ou para a "falta de amor". No entanto, a resposta para a sobrevivência — e a prosperidade real — do amor reside em uma competência muito mais sutil e profunda: a capacidade de transitar, com fluidez, entre dois mundos aparentemente opostos: a autonomia radical do "Eu" e a conexão visceral do "Nós". Quando esse equilíbrio se perde, escorregamos para o terreno perigoso da assincronia, onde o amor s...

Assincronia de Individuação: A causa psicológica de muitos términos.

Eu mudei, você não: Entendendo a Assincronia de Individuação nos Relacionamentos Quantos relacionamentos terminam não com um grande estrondo, mas com a sensação desconcertante de que uma das pessoas simplesmente... "despertou" e decidiu ir embora? O que leva um parceiro a ir embora, se antes o casal estava apaixonado, cheio de vida e com planos para o futuro? Um parceiro começa a sair sozinho, a ter interesses que não incluem mais o outro, a tomar decisões unilaterais. Para quem fica, a sensação é de traição, abandono e confusão. "Quem é você?", perguntamos. "Nós não tínhamos um acordo?" O que poderia ter acontecido a ponto de o acordo ser quebrado? A desconexão é sutil, mas real e devastadora. Tudo começa quando o padrão de comportamento muda; é a assincronia quebrando a harmonia da relação. O que frequentemente vemos como "egoísmo" ou "traição" é, na verdade, um dos processos psicológicos mais profundos e dolorosos da vi...

Diálogos & Comunicação | Uma breve perspectiva psicanalítica, junguiana e neurocognitiva.

  Tanto a psicanálise clínica quanto a psicologia analítica oferecem ferramentas valiosas para compreender os desafios da comunicação e do diálogo na conjugalidade. Enquanto a primeira enfatiza os mecanismos do inconsciente individual e as repetições ligadas à infância, a segunda destaca a importância dos arquétipos, das projeções e do encontro entre duas totalidades psíquicas. Ambas valorizam o diálogo como via de acesso ao inconsciente e entendem que a comunicação empobrecida muitas vezes é sinal de desconhecimento de si e do outro . Dentro desta breve perspectiva deixo aqui três considerações de cada abordagem.  Na clínica clássica da psicanálise, a comunicação entre parceiros é vista como um campo de expressão de desejos, conflitos, ansiedades e defesas inconscientes . A relação conjugal é frequentemente marcada por transferências mútuas , ou seja, cada parceiro projeta no outro figuras importantes do passado (pais, irmãos etc.). O primeiro aspecto na clínica clássica da...

SINERGIA - DINÂMICA DO AMOR

A paixão e o amor não exigem a humilhação, exigem respeito e cumplicidade.