A ignorância popular é o maior trunfo
dos pseudos pastores na exploração da fé. Tornaram a piedade como fonte lucro.
Pedro já previa isso. A partir do evangelho não existe essa onda desgraçada de
campanhas, propósitos, correntes, 12 dias para aquilo, 21 dias de oração para
isso, 70 dias de Daniel, 24 horas de adoração e por ai vai, blá, blá, blá... Olha
esse post a decadência e nível que chegou marqueteiros do diabo, filhos da
perdição esse não o evangelho que creio e tenho com fundamento.
No Reino de Deus há apenas graça, favor
imerecido, e no entendimento vamos sendo transformados de glória em glória.
Lembre-se crescimento não provem de dogmas, doutrinas, tradições, métodos,
sistemas, fundamentos teológicos sistemáticos. Mas sim de uma vida equilibrada,
regada ao bom senso, se estabilizando emocionalmente na medida em que o
evangelho torna verdade na pratica diária de vida, e claro cheia de amor e
temor diante de Deus. É possível está acessível no evangelho a partir de Cristo
descrito nos evangelhos. Inicia-se no novo nascimento não da carne, mas do novo
nascimento, gerando em cada um nova consciência.
Penso que se todos seguissem o exemplo
da igreja de Beréia que examinava tudo que ouvia, mais de 90% das igrejas
fechariam as portas. Acredito na igreja instituição a serviço do Reino, mas sou
ateu deste sistema denominacional da prosperidade fundamentalista conservador
diabólico predominante em nossa nação. O pastor e escritor Carlos Moreira disse
algo profundo; "Quando a consciência das pessoas começar a se encher do
Evangelho, os bancos das igrejas vão começar a se esvaziar". Bem o Reino de Deus é vivido na vida e
não dentro das quatro paredes, o evangelho nos leva, e indo pelo caminho o
evangelho se materializa, Deus através de nós.
Nesses 16 anos de Ministérios nos meus
autos e baixos eu vi de tudo. Participei de muita coisa no qual os ministérios
que pertencia se envolveram. Era angustiante ver a exploração da fé em todas
elas. Em 2010 minha mente expandiu, se continuasse naquele nível hoje
certamente estaria pregando nos principais congressos pentecostais do Brasil.
Então no final de 2013 foi o fim, decidi não voltar mais a depender de nenhum
sistema, rejeitei todos os convites, não queria mais ter conflitos com minha
consciência. Era tortura ser pressionado a realizar ofertórios, participei de
reuniões na elaboração de campanhas que pudessem elevar as entradas da igreja.
Com rasíssimas exceções os templos são
inaugurados não por motivação em anunciar o Reino, mas como mais uma franquia.
A cada ano uma safra de pseudos pastores emerge, munidos de uma teologia
deturpada, afiados nas doutrinas e costumes para manter as tradições, às vezes
com revelações dos quintos do inferno, para impactar, explorar a ignorância e
ingenuidade popular.
“Ouvi
Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no
meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”. (Habacuque 3:2)
Faço coro a essa oração, que Deus nos
ajude, o evangelho puro e simples é a solução para este caos espiritual não só
aqui, mas pelo mundo afora. Que os bons se unam em Espírito e em verdade.
Que a vida seja nosso púlpito; Que o servir
seja nossa verdadeira adoração. Deus os abençoe nos preservando na fé e
na boa consciência.
Cezar Camargo
Novembro – Primavera - 2014
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