Firmeza na Fé, Esperança e Amor
Hebreus: 10, 19-25
Estes versículos sumarizam o apelo positivo
da epístola inteira. Tal apelo se baseia (note-se o pois do vers. 19) no ensino
doutrinário que já tinha sido apresentado a respeito da eficácia absoluta do
sacrifício único de Cristo, e de Sua permanente continuação no lugar de
soberana capacidade como nosso Sumo Sacerdote. Trata-se de um apelo,
primeiramente, para que se entre na presença consciente de Deus, mediante fé
confiante e apropriadora. Aqui, o escritor reforça um apelo que já tinha feito
em Hb 4.14-16, ao introduzir esses temas. Tal apelo é complementado por
exortações para que o cristão seja firme na aberta confissão da esperança
cristã e para que se mostre ativo para com seus irmãos na fé, mediante amor,
comunhão e encorajamento mútuos. Esta breve e tríplice exortação é virtualmente
expandida no restante da epístola. Os capítulos 11, 12 e 13 salientam, cada
qual por sua vez, os mesmos três temas, a expressão da fé, a paciência da
esperança, e o amor e as boas obras.
A nova possibilidade, aberta para todos os
crentes, é o livre acesso à presença de Deus. Há um caminho que foi inaugurado
para nós por Jesus, nosso precursor. Esse caminho é novo, isto é, não existia
sob a antiga dispensação, e é vivo ou eficaz (20). O véu mediante o qual Jesus
abriu esse caminho foi Sua carne humana. Pois quando Seu corpo foi partido, em
morte sacrifical, o véu do templo simbólico foi rasgado de alto a baixo (20).
Ver Mt 27.51-53; Cl 1.20-22. Portanto, podemos ter a alegre confiança de entrar
até à presença de Deus, por meio do sangue (isto é, a morte, ou sacrifício
realizado e eficaz) de Jesus (19). Note-se que aqui não diz: “com o sangue de
Jesus”. Os crentes não precisam mais procurar entrar mediante uma nova
apresentação do sacrifício de Cristo. O caminho permanece aberto, sem
obstáculos. Além disso, quando assim entrarmos no lugar da habitação de Deus e
nos reunimos à companhia de Sua família, encontramos que possuímos o mesmo
Jesus como nosso Sacerdote entronizado e sempre vivo, pronto para defender
nossa causa e satisfazer cada uma de nossas necessidades (21; cfr. Hb 7.25; 1Jo
2.1-2). O que é requerido de todos quantos assim se aproximam é a sinceridade
de propósito e a confiança absoluta de que aquilo que Cristo realizou é
suficiente para tornar nossa aquela plena purificação, tanto interna como externa,
que era simbolizada, sob as antigas cerimônias ritualísticas, pelo sangue
aspergido e pelos corpos lavados de pouco (ver, por exemplo, Lv 8.6-23). Em
face de tentações para abandonar sua confiança, visto que algumas promessas
permaneciam sem cumprimento, o escritor apela que seus leitores persistissem
continuadamente na franca confissão de sua esperança cristã (23), pois possuíam
a infalível garantia da fidelidade dAquele que fez a promessa. Entre os crentes
cristãos deveria haver também estímulo (no original, uma palavra inesperada,
visto ser comumente usada com o mau sentido de irritação ou desavença; ver At
15.39) às boas obras ativas, notando deliberadamente as necessidades mútuas
(24). Por conseguinte, não deveriam copiar o costume de alguns interrompendo
sua freqüência às reuniões cristãs, mas antes, deveriam usar tais oportunidades
visando ao encorajamento mútuo, especialmente à luz da consumação e julgamento
que se aproximam (25).
Somo uma só família, organismo vivo, Fé,
esperança e amor, compartilhar com todos essa graça, levar ao mundo a riqueza Cristocentrico, o
Amor do eterno.
Que a Graça do Pai esteja derramada a todos
hoje e sempre.
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