"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Efésios 2:8) Quando falamos sobre a graça de Deus queremos dizer todas as boas dádivas que desfrutamos livremente nesta vida. Há muitas. Poderíamos gastar uma vida inteira para celebrar tais presentes: frutas silvestres, flores, astros, salamandras, etc. Sumarizando tudo podemos afirmar que a vida em si mesmo é um dom fundamental, com todas as suas delícias. Para nós, o dom da vida inclue o maravilhoso dom de sermos humanos, encontramo-nos atirados no meio da criação. Esse é o alicerce da graça—criação, vida, ser humano. Como humanos, foi nos dado um lugar impar na ordem criada. As histórias da criação em Gênesis são maneiras de celebrar essa graça original. Nas histórias, Deus pronuncia toda criação, incluindo a humanidade, muito boa, isto é, cheio de graça. Também usamos a palavra graça para significar os demais dons que percebemos nas habilidades e inteligências das criaturas. O evangelho diz que o menino Jesus crescia na graça e favor, significando que Ele começou exibir seu potencial e personalidade única para contribuir à sua comunidade. Falamos da beleza de um leão ou um dançarino, dizendo que eles transpiram uma graça animal, discernida na vitalidade e fluidez de seus movimentos. Quando usamos a palavra graciosa para descrever uma criatura, é porque a criatura está sendo expressiva daquilo que lhe foi dado por Deus. Há outra maneira de falar sobre graça que é mais sobre redenção do que criação. Uma vez que Deus pronunciou a graça original, o outro lado da história é que nós rumamos para nós mesmos, ignorando o Doador. Essa transgressão desvairada chamamos de pecado original, significa nossa liberdade de escolha do que não é tão bom, para deixar de lado a graça original. Ironicamente tal liberdade é em si mesma a mais importante graça dada por Deus à humanidade, a capacidade de escolher seu próprio caminho, que por certo necessariamente acarreta a possibilidade de escolher mal. Porque nem sempre temos escolhido o caminho mais gracioso, temos acabado em algo miserável, beco sem saída no fim do caminho. Quando percebemos o nosso dilema e pedimos ajuda que anteriormente recusamos, a maravilhosa graça vem nos resgatar. |
Quantos relacionamentos terminam não com um grande estrondo, mas com um silêncio ensurdecedor? É aquela sensação desconcertante de que, de repente, uma das pessoas simplesmente "despertou" de um sono profundo e decidiu ir embora. O que leva um parceiro a partir, a fazer as malas físicas e emocionais, se até pouco tempo atrás o casal parecia apaixonado, cheio de vida e desenhando planos para um futuro compartilhado? Essa pergunta assombra consultórios e mesas de jantar. Frequentemente, procuramos culpados. Apontamos o dedo para a traição, para o desleixo ou para a "falta de amor". No entanto, a resposta para a sobrevivência — e a prosperidade real — do amor reside em uma competência muito mais sutil e profunda: a capacidade de transitar, com fluidez, entre dois mundos aparentemente opostos: a autonomia radical do "Eu" e a conexão visceral do "Nós". Quando esse equilíbrio se perde, escorregamos para o terreno perigoso da assincronia, onde o amor s...
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